sexta-feira, 24 de julho de 2015

Paul McCartney em Amsterdam!

07/06/2015 - Paul McCartney Out There! Tour em Amsterdam
Fotos: Alana Pahl
Você marca uma viagem do tipo mochilão, então um tempo depois Paul McCartney marca show para a cidade que você vai, bem no dia que você estará lá, o que se tem que fazer nesse caso? Comprar o ingresso, lórrico!
Compramos passagem para descer em Amsterdam bem no dia 07/06, um tempo depois o show do Paul é anunciado lá e também em Paris para o dia que também estaríamos em Paris, mas como em Paris seria no Stade de France e em Amsterdam em um local menor, optamos pelo primeiro e pela loucura de atravessar o Atlântico, fazer conexão em Madrid, chegar no hotel em Amsterdam, trocar de roupa e ir direto para o show.
Fui nos shows do Paul da Up and Coming Tour em São Paulo em 2010 e Rio de Janeiro em 2011 e da On the Run em Floripááá em 2012, aí por questões financeiras, de logísticas e por ser em dias úteis não pude ir nos shows de 2013 e 2014, então quando você tem a chance de pegar mais um show dele, você nem pensa. Show do Paul deveria ser um ritual anual, te faz um baita bem! E até porque, o ingresso lá custou menos da metade do que pagaria numa pista premium no Brasil, sem contar os gastos com hospedagem e passagem. Hotel lá já gastaria de qualquer forma, então o gasto foi praticamente o preço do ingresso e do metrô. 

Chegamos na fila depois das 4 da tarde (nunca cheguei tão tarde numa fila do Paul, em que sempre era “obrigada” a chegar de manhã já que o público brasileiro é mais preocupado com essas coisas), tinha uma fila organizada, mas depois mais perto da abertura dos portões a fila foi esquecida e o povo ficou tudo meio que amontado num corredor que levava aos portões da entrada.  
Entramos no Ziggo Dome e já tinha bastante gente perto do palco, e a galera do Hot Sound era bem grande, ficamos no lado direito do palco, meio que na linha do piano preto de Let it Be. Não sou alta, mas para padrões de shows brasileiros sempre gostei da minha altura, mas depois desse show me senti baixinha demais! Povo holandês é muito alto, tá louco!
De abertura, continua o DJ com os remix de músicas dos Beatles, Wings, Paul e outras. Então vem o vídeo de quase meia hora com fotos da vida do Paul, com os Beatles, com a família, com outros músicos, foi como ver pela primeira vez, já que eram fotos diferentes dos shows que fui.

E então aquela sensação maravilhosa de ver o tio Macca na sua frente, novamente! Ele cumprimenta o público e inicia o show com Eight Days a Week, primeira vez que ouvi essa ao vivo! E era uma das que eu mais queria escutar!
Paul falou aquelas frases habituais dele de boas vindas no idioma local, mas claro que não entendi nada, mas sabia do que ele estava falando porque geralmente é o mesmo. Ele até brincou com o fato dos holandeses puxarem bem a garganta quando falam.
O início do setlist teve várias novas para mim, a agitada Save Us de New, a animada Another Girl dos Beatles, a gostosinha de se ouvir Listen to What the Man Said do Wings e Temporary Secretary, que é a prova das criações diferentes do Paul.
Depois as de sempre Let Me Roll It e Paperback Writer, com novamente Paul apresentando aquela Gibson linda usada quando gravou a música nos anos 60.
A primeira vez de Paul no piano preto na noite foi para tocar a música que ele escreveu para a Nancy, a linda My Valentine, com o clipe dirigido por ele com as participações de Natalie Portman e Johnny Depp passando no telão. Teve Nineteen Hundred and Eighty-Five e The Long and Winding Road, seguida por Maybe I´m Amazed dedicada claro para Linda (música para berrar junto, sorry holandeses). 
Ele volta para o centro do palco para tocar violão em I’ve Just Seen a Face e pra logo depois tocar para eu ouvir ao vivo pela primeira vez We Can Work it Out (ahhhh não acredito que ouvi essa ao vivo), seguiu com a baladinha Another Day, a das mais recentes dele Hope for the Future, And I Love Her e a sempre linda Blackbird, com o palco subindo e Paul cantando nas aturas. Lá de cima também tocou a dedicada para John Lennon, Here Today. Só acho que Here Today tem que ser tocada no lugar “normal” dele no palco, perto da galera, pra dar ainda mais emoção, mas como sempre foi linda, público inteiro quieto, deixando só o Paul e o violão serem escutados.
Não lembro se foi antes ou depois de Here Today que o público começou a cantar Give Peace a Chance, mas Paul acompanhou a galera.
As ótimas e minhas preferidas do New, New e Queenie Eye também marcaram presença. Lady Madonna continua no setlist, teve também a divertida All Together Now com direito a um telão bem colorido com bonequinhos e pude escutar pela primeira vez ao vivo mais uma dos Beatles, Lovely Rita. Eleanor Rigby segue firme no setlist, graças a Deus, e com ótima presença do baterista Abe Laboriel no back vocal! Mais uma estreia ao vivo pra mim foi Being for the Benefit of Mr. Kite!, pra provar (ainda mais) como a banda que acompanha o Paul é excelente!
Então vem Paul com o ukulele para homenagear Geroge Harrison cantando Something com imagens de George no telão, ay meu <3! Posso ver isso eternamente que nunca me cansarei!
Ob-La-Di, Ob-La-Da continua sendo um dos momentos mais divertidos do show! Se estava lá ou viu vídeos do show em aparece bandeira do Brasil, era a gente! rs
A sempre excelente Band on the RunI hope you're having fun” ohh yeah! Seguida por Back in the U.S.R.R. e depois pelo clááásico Let it Be!
Se eu já achei que no show de Floripa os fogos de Live and Let Die estavam “quentes” demais, imagina num local fechado, nunca aprendo, sempre me tremo de medo rs. Foi uma das melhores no show pra mim, como sempre.
E para fechar a primeira parte do show, Hey Jude! Better, better, better aaahhhh!! Com aquele momento maravilhoso da arena inteira cantando na na na nanana…
Primeiro bis teve a habitual volta de Paul segurando, aqui, a bandeira da Holanda e Paul “Wix” Wickens a do Reino Unido, para em seguida vir com uma sequência das boas e animada. Can't Buy Me Love, mais um debut ao vivo pra mim, fazendo a gente retornar para a fase mais animada dos Beatles, com imagens deles no telão. Can’t Buy Me Love pegou o “momento” que antes era de All My Loving no setlist. Teve mais rock com Hi, Hi, Hi do Wings... We're Gonna Get Hi Hi Hi! E para finalizar o primeiro bis, a sempre excelente I Saw Her Standing There!

E o último bis começa com Paul sozinho com seu violão para Yesterday. Já falei aqui nos outros posts, nunca havia dado importância pra Yesterday, sei lá, não curtia, até escutar ao vivo pela primeira vez num Morumbi lotado inteiro cantando junto. O Ziggo Dome é bem menor que o estádio, mas a sensação que te dá é a mesma, que música maravilhosa.
Helter Skelter, esqueci do cansaço, de passar a noite anterior sem dormir, que o povo em volta não curtia pular, mas era Helter Skelter gente!
E para finalizar magistralmente, uma das melhores sequências de músicas da história Golden Slumbers / Carry That Weight / The End, que músicas maravilhosas pra cantar junto num show!
“And in the end, the love you take is equal to the love you make” e assim acabam mais 3 horas muito bem aproveitadas da vida, obrigada!
Minha foto favorita da noite rs
Tava esperando que o público fosse um público mais de torcida holandesa na Copa do Mundo, aquele povo que vi cantando, pulando e imitando canguru em Porto Alegre no jogo deles contra a Austrália, mas não. O público ficou ali se apertando, querendo ficar perto do palco, mas estavam ali somente para assistir, não pulavam nem nas primeiras músicas mais animadas. Claro que posso estar generalizando pelo lugar que eu estava ou por estar “mal” acostumada com o público brasileiro, que vai pra fazer parte do show, fazem homenagens e o escambau, não está lá apenas para assistir ao show, mas deve ser por essas que o Paul tá quase todo ano por aqui, aquele “calor” brasileiro.
Não vou nem tentar lembrar as músicas que ele não tocou porque senão já bate a deprê, e até porque curti esse setlist, tem bastante coisa que não tinha escutado ainda ao vivo, já que esse foi meu primeiro show da Out There! Tour.
Foi um show que consegui curtir bastante, e que também mais prestei atenção na voz do Paul, já que o povo não cantava muito junto, ou se cantava era baixo e o som estava excelente. Paul tava com a voz meio rouca, deu até um pouco de medo, chegou a dar umas arranhadas, mas seguiu firme! Cuida aí moço!  
Qualidade do som, iluminação e telão excelentes, muito bom mesmo o som do local, e tinha que ser neh, o Ziggo Dome é pra shows, diferente do Credicard/Citbank Hall que também vivem de shows mas geralmente nunca apresentam um som tão bom.
A banda já de vários anos que acompanha o Paul segue também muito boa, feras mesmo, e extremamente profissional.
Paul conversou bastante com o público, contou histórias, brincou, e chamou uns sortudos que estavam no Hot Sound para o palco. Estávamos com um cartazinho pedindo para o Paul assinar os nossos New e The Fireman, mas nem tentamos levantar direito, porque a produção já escolhe a galera antes e no Hot Sound. Subiram, acredito que era um casal que pegou autógrafo, e também um outro casal, um americano que pediu a namorada japonesa (acho que era japonesa, não lembro também) em casamento com Paul dando a benção dele.
É "isso"! E depois publico o outro post também de um show no Ziggo Dome, começamos a primeira noite da viagem com Paul McCartney em Amsterdam e fechamos a última noite também em Amsterdam, com THE WHO!! Cara, não caiu a ficha que vi eles. Assunto para um dos próximos posts! **
Rusty Anderson e Brian Ray
A Gibson de Paperback Writer
We can do what we want
We can live as we choose
You see there's no guarantee
We got nothing to lose