Mais um post backlog finalmente sendo publicado!
Já perdi dois shows do uruguayo Jorge Drexler, um por
escolha própria, no Rock in Rio de 2011 deixei o palco Sunset de lado para ir
direto ao Palco Mundo, enquanto esperava num baita sol carioca, Jorge Drexler e
Tiê faziam um ótimo show por lá, pelo menos deu para acompanhar pelo telão. E em
maio do ano passado tinha ingresso comprado para o show dele em Floripa, mas aí
por falta de planejamento e por uns 3 congestionamentos na BR101, não
conseguimos chegar em tempo em Floripa, desistimos em Tijucas. Aquele dia era preciso umas 5hrs para ir
de Joinville a Floripa! :’(
Mas aí, eis que nas minhas “férias” em Mendoza, um dia
tava num ônibus, que eu peguei sem saber onde deveria parar, ou seja, fiquei
perdida rs, tive que aproveitar e ficar olhando as “paisagens”, quando vejo colado
num muro posters do show do Jorge Drexler, justo enquanto ainda estaria lá. Fui
atrás dos ingressos, ainda tinha, não para os melhores lugares, mas para um
lugar até que bom, no primeiro setor ainda, e um preço até que razoável
comparando ao que pagaria no Brasil.
Eu tô é ainda abismada que paguei R$7,50 de táxi, para ir
e voltar!! Tá certo que o teatro onde foi o show era no mesmo departamento onde
estava, mas mesmo assim, SP me deixou mal acostumada! E isso que a mulher da
casa onde estava queria me levar (por essas situações que não consigo entender
tanto ódio dos brasileiros com argentinos)!
O show estava marcado para as 22hrs no Teatro Plaza Godoy
Cruz e por umas 21:30 o teatro foi aberto para ser lotado. Ay, já falei aqui
que adoro essa tranquilidade que shows com lugares marcados me dão, tão “de
boas”!
Percebi que tinha uns brasileiros um pouco atrás de mim
meio que já do jeitinho brasileiro, fazendo escândalo, aí acabei ficando na
minha mesmo, não queria pagar mico por tabela. rs
Confesso que o incidente de perder o show do Drexler em
Floripa me fez ficar um bom tempo sem escutar as músicas dele. Lembro de
colocar o Eco para tocar só uma vez desde maio de 2013, em abril de 2014 mesmo.
Tanto é que ele lançou o disco Bailar en la Cueva e tentei bloquear hehe, já
que sempre que ouvia me dava raiva por ter perdido o show. Só comprei o Bailar
en la Cueva depois do show, lá em Mendoza mesmo. Ahh, em tempo, esse excelente
disco da música latina foi indicado ao Grammy Latino de disco do ano, mais que
merecido, passa por importantes ritmos latinos como candombe, cumbia, tango,...
pura batida latino-americana e também foi o vencedor do prêmio de melhor disco “cantautor”,
também mais que merecido, já que estamos falando de Drexler.
O “baile” começa com a música título do disco e da turnê,
Bailar en la Cueva, e com direito a já tradicional dancinha de Drexler e seus
músicos antes de começar o show, a dancinha do vídeo de Universos Paralelos.
O setlist pra mim estava ótimo, só particularmente
gostaria de ouvir La Edad Del Cielo ao vivo, mesmo ele não tocando essa há um
bom tempo. Não lembro exatamente a ordem do setlist, e também não posso colar
do SetlistFm já que não tem nada lá, mas como dizem, o que importa é a maionese
e não a ordem das batatinhas, rs. E o que importa é que para deixar o show num
clima mais amigável, no início de várias músicas, Drexler falava sobre alguma
experiência pessoal ou contava uma anedota.
O setlist passou pelas músicas de Bailar en la Cueva, como a própria Bailar en la Cueva; Esfera; Organdi; La Noche No Es Una Ciencia Exacta; a música que está concorrendo ao Latin Grammy de melhor produção Todo Cae (produção de Eduardo Cabra do Calle 13); La Plegaria Del Paparazzo; Data Datos (data, data, data, data, data, data, data... todos quieren todo, todo siempre es poco); Bolivia (em que antes de começar contou a história de quando a sua família pediu asilo na América do Sul), aliás, no disco, Bolivia tem participação de Caetano Veloso; a excelente e vencedora do Latin Grammy de gravação do ano Universos Paralelos (que também concorreu a canção do ano); La Luna De Rasqui e também por importantes músicas da sua carreira.
O setlist passou pelas músicas de Bailar en la Cueva, como a própria Bailar en la Cueva; Esfera; Organdi; La Noche No Es Una Ciencia Exacta; a música que está concorrendo ao Latin Grammy de melhor produção Todo Cae (produção de Eduardo Cabra do Calle 13); La Plegaria Del Paparazzo; Data Datos (data, data, data, data, data, data, data... todos quieren todo, todo siempre es poco); Bolivia (em que antes de começar contou a história de quando a sua família pediu asilo na América do Sul), aliás, no disco, Bolivia tem participação de Caetano Veloso; a excelente e vencedora do Latin Grammy de gravação do ano Universos Paralelos (que também concorreu a canção do ano); La Luna De Rasqui e também por importantes músicas da sua carreira.
Não lembro em qual música a bola de cristal que faz parte
do cenário da turnê desceu (ou subiu, não lembro), só sei que o efeito foi
ótimo.
Apareceu a genialidade de Guitarra y Vos, a música falada ou as palavras cantadas, tanto faz! Aqui com a participação do músico de Drexler, um espanhol, recitando uma poesia no meio da música com aquele prazeroso sotaque galego.
Um cara na plateia berrou pedindo Al Otro Lado del Rio bem na hora em que o Drexler estava colocando a guitarra, aí ele fala algo como
“como quieras”, tira a guitarra e canta Al Otro... a capella mesmo, da mesma
forma como ele fez no lindo “discurso” pelo Oscar de melhor canção em 2005 por Diários de Motocicleta! Sabe aquele momento no show que levanta os pelinhos do braço?! Então, foi um
desses momentos! Um momento precioso!!!
Em Don de Fluir, que também surgiu no setlist por um
pedido do público, mais um ótimo exemplo de como é divertido um show de
Drexler, em “Gracias, pero no, no bailo” uma menina atrás de mim, já meio
alterada, berra “MENTIRA!!”, e aí na outra parte quando ele canta “Los músicos
no bailamos”, ele já dá um sorrisinho, pende a cabeça para o público para a menina soltar novamente o “MENTIRA!!” Acho que em qualquer outro show ficaria
putassa se tivesse alguém bêbado na fileira atrás de mim fazendo “escândalo”
num show desse tipo, num teatro, em que era proibido entrar com bebida e ela e
o namorado estavam com cerveja, mas foi tão divertido e combinou tanto com o
clima informal, amigável mesmo que o Jorge impõe no palco, impõe acho que não é
a palavra certa, é deixar fluir mesmo, o maravilhoso dom de fluir. Me divertia
cada vez que a menina soltava os “ayayayay” dela quando o Jorge ia dançar.
Apareceu a genialidade de Guitarra y Vos, a música falada ou as palavras cantadas, tanto faz! Aqui com a participação do músico de Drexler, um espanhol, recitando uma poesia no meio da música com aquele prazeroso sotaque galego.
E esse clima entre amigos entre palco e plateia se
manteve o show inteiro, assim aparentemente sem roteiro definido, até porque “es
que la noche no es una ciencia exacta”.
Do disco
Amar la Trama de 2010 apareceram Las Transeúntes e La Trama y el Desenlace. Também
deram o ar da graça Transporte, Caí creo que caí, Sanar, Luna de
espejos e Deseo.
Acredito que foi na dançante Luna de Rasquí em que a bola
de cristal voltou a subir (ou descer, de novo, não lembro). Tenho que citar
aqui também o ótimo jogo de luzes verdes jogado no teto, ainda mais que o
teatro, como o próprio Jorge disse, tinha forma de “cueva”, até ele mesmo ficou
parado por alguns observando essa beleza.
Drexler apareceu no bis segurando uma taça, acredito que
de vinho branco, ou espumante, não sei, não sou boa com bebidas (risos), para
brindar e fechar essa noite, sem exageros, preciosa (sim, tô usando muito esse
termo, mas fazer o que se é?!), a excelente Todo Se Transforma, numa versão um
pouco mais “dançante”, e que cai como uma luva numa cidade tão famosa pelos
vinhos como Mendoza: “mientras se pisaba el vino que bebió tu boca roja. Tu boca roja en la mía, la copa
que gira en mi mano y mientras el vino caía…”
“Me
haces bien, Me haces bien, Me haces bien…”
Jorge Drexler é um grande cantor, compositor (até Oscar
já tem por isso), músico, toca ao melhor estilo Djavan e Caetano Veloso, daquele
jeito de dedilhar a guitarra (nesse show foi só guitarra elétrica mesmo, nada
de violão), e para fechar o pacote com chave de ouro, é pura simpatia no palco.
E além de ser essa grande presença no palco, dá espaço para seus talentosos
músicos também brilharem.
Justo no dia do show tinha feito um passeio da alta montanha que tem em Mendoza, e o resfriado que peguei na saída do show do LaOreja de Van Gogh continuava e aumentou depois desse passeio por causa da mudança de altitude, e se não tivesse o show, teria ficado hibernada no quarto sem fazer nada num sábado a noite, mas ainda bem que teve esse show, até consegui melhorar, não tem como não melhorar com momentos assim e de quebra vi um espetáculo delicioso e precioso! Uma excelente experiência musical, conceitual, que acredito que posso dizer íntima, entre amigos, dinâmica, visual, num jogo de luzes que se encaixa ao que se propõe, e que consegue mexer com nossas emoções, Gracias Drexler!
Justo no dia do show tinha feito um passeio da alta montanha que tem em Mendoza, e o resfriado que peguei na saída do show do LaOreja de Van Gogh continuava e aumentou depois desse passeio por causa da mudança de altitude, e se não tivesse o show, teria ficado hibernada no quarto sem fazer nada num sábado a noite, mas ainda bem que teve esse show, até consegui melhorar, não tem como não melhorar com momentos assim e de quebra vi um espetáculo delicioso e precioso! Uma excelente experiência musical, conceitual, que acredito que posso dizer íntima, entre amigos, dinâmica, visual, num jogo de luzes que se encaixa ao que se propõe, e que consegue mexer com nossas emoções, Gracias Drexler!