quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Arcade Fire - Infinite Content Tour Brasil

Eu preciso falar sobre os dois shows incríveis do Arcade Fire no Brasil em dezembro! (Sim ainda disso, vieram festas de fim de ano, mini férias e coisarada, e o post ficou empacado, mas é a banda mais linda do <3 e quero deixar registrado). 
Richard, Win e Régine no Rio
Depois dos maravilhosos shows em 2014 no Rio e no Lolla, a banda canadense/americana/haitiana voltou com a turnê Infinite Content, nome de uma das músicas do seu mais recente álbum: Everything Now. O disco não foi tão bem aceito como os outros trabalhos da banda, mas ainda assim, eu gostei desse disco. Não adianta, Arcade Fire nunca fará um disco parecido com o anterior, eles gostam de se aventurar, e é isso uma das coisas que mais gosto na banda. E apesar das "críticas", o disco tem músicas excelentes como Put Your Money on Me (para mim, a melhor de 2017), Creature Comfort, Signs of Life, e a música título do disco, Everything Now.

A turnê americana/canadense foi em arenas e o palco ficava no meio da arena, lembrando um ringue de luta. Como por aqui não temos lugares como esse, ficou a corda do ringue nas primeiras músicas e o telão da luta. Talvez somente a própria Jeunesse Arena no Rio teria uma estrutura assim, onde seria o show inicialmente, e por questão de venda de ingressos, o local foi transferido para o centro do Rio, na Fundição Progresso (dia 08/12/17). Em São Paulo também tiveram que diminuir a capacidade do público na Arena Anhembi (dia 09/12/17). É uma banda indie, não dá para achar que vão trazer sozinhos metade do público que eles lotaram no main stage do Lolla em 2014. Ainda assim, quem foi, viu dos melhores shows que alguém pode presenciar. 
A entrada/subida da banda ao palco tem estilo de luta, com narração divertida "...uma chocante perda no Oscar...", e no telão transmissão semelhante as de lutas, eles passam na frente do público na grade e sobem ao palco, e com o sino de luta tocado por Régine Chassagne, o show oficialmente começa! 

E é justamente com Everything Now que eles abrem os shows nessa turnê. Com direito aquele coro lindo "narananana..." 
O setlist nos dois shows foi praticamente o mesmo, com poucas alterações. O setlist "habitual" da turnê tem Signs of Life como segunda música, mas não tivemos essa por aqui :(
Mas a segunda já foi de cara Rebellion (Lies), com Will Butler e Richard Reed Parry em São Paulo brincando de cortar a cabeça do Richard, mas ainda dá saudades do tempo que eles se matavam no palco. 
No "carnaval" de Here Comes The Night Time, em SP, o Win Butler pegou uma bandeira do Haiti da galera e deixou no palco, depois passou a bandeira para Régine para ela cantar a linda (e própria) Haiti, Régine brilhando dançando na nossa frente, com aquele microfone lapela, que dá mais espaço ainda para ela dançar! No Rio, deu para ver os olhos dela brilhando de emoção ao final da música olhando para o público, que mulher mais fofaa! 
Em SP rolou Chemistry, eh. E no Rio, pela primeira vez ao vivo, tivemos Peter Pan (depois em SP tbm), a música que Win escreveu para o pai, doente, e com Richard tocando seu Violoncelo. E em seguida já voltamos para o clássico No Cars Go! 
Electric Blue, mais um momento para Régine brilhar, e com balões azuis pela plateia no Rio.
Put Your Money on Me virou minha favorita do último disco depois desses shows. No Rio, Win e Régine fizeram o que fazem em alguns shows, param um na frente do outro na intro e ficam dançando. Por sorte, minha irmã estava com a câmera ligada na hora e vi o Win indo na direção da Régine, só falei "grava que eles vão dançar!" e foi! <3
Atendendo a pedidos, tivemos Neon Bible, com celulares iluminando a Fundição e o Anhembi. No Rio também tivemos um pouco de My Body is a Cage. Mas mataria mesmo para ouvir Intervetion ou (Antichrist Television Blues) ao vivo. No Rio, Win voltou a cantar o trechinho de Brazil na versão de Bob Russell. Eita amor por esse país! Em São Paulo ele cantou essa junto ao samba Wake Up no final do show.
E então chega a hora da minha favorita de todas as músicas, como é maravilhosa escutar essa ao vivo, por favor, nunca tirem Neighborhood #1 (Tunnels) do setlist! 
Arcade Fire presents: The Suburbs, hora da sequência do disco que teve a melhor vitória em um Grammy, com The Suburbs (com direito ao "perfect son"), Ready to StartSprawl II (Mountains Beyond Mountains). Assim como em 2014, no Rio, Régine cantou um trechinho de O Morro Não Tem Vez de Tom Jobim ao final de Sprall II! A gente sabe que ela ama a música brasileira sim!
Por aqui voltou a entrar It's Never Over (Oh Orpheus) no setlist, já que uma das inspirações da música foi o filme Orfeu Negro, que se passa no Brasil. Adoro essa música, o único problema é que Régine vai cantar lá no cantão. E com Hey Orpheus entramos nas músicas do Reflektor, com a própria Reflektor, Afterlife (com Win cantando no meião da galera) e We Exist (No Rio, foi a 1ª vez nessa turnê). Aliás, saudades dos bobbleheads.
Com uma intro puxada pelos braços da Sarah Neufeld e que ficou linda para ser registrada nos vídeos da turnê, Creature Comfort! Das melhores do novo disco, e segundo o próprio Win, das mais animadas para tocar, funciona tão bem ao vivo. 
E fechando a primeira parte do(s) show(s), Neighborhood #3 (Power Out)! Is it a dream? Is it a lie? I think I'll let you decide.

Após a mini pausa, umas garrafas vazias são colocadas no palco, Win surge novamente no meio da galera cantando We Don't Deserve Love (provavelmente a mais emotiva de EN), mas quem rouba a cena é novamente Régine, a mulher não cansada de tocar piano, acordeão, teclado, bateria,... agora toca garrafas! Mais uma música do EN que fica ainda melhor ao vivo. 
O coro "naranana" lindo de Everything Now volta com a versão "continued" para servir de abertura de Wake Up! A melhor música para se ouvir ao vivo!! Coisa mais linda! No Rio, fiquei olhando para a Régine (porque é maravilhoso ver como ela interage com o público nessa hora), e quando olho para o lado, minha irmã está com o pandeiro que o Richard jogou para a galera! :O
Da mesma forma como eles sobem no palco no início do show, eles saem descendo também na frente do público, só que dessa vez, saem cantando Wake Up com batucada de samba. Em São Paulo foram acompanhados pela Acadêmicos do Tatuapé, a batucada seguiu no "backstage" e durou vários minutos, Régine sambando (! <3)! E pra gente, restou ir embora cantarolando as músicas e com shows incríveis na memória.

O bom de ter ido nos dois shows é que você pode prestar atenção em bem mais coisas, no Rio, fiquei praticamente no meio do Win e da Régine, e assim deu para olhar mais para o Jeremy Gara e para o Tim Kingsbury, em São Paulo, fiquei na frente do Richard e deu para olhar mais para meus amores Sarah e Will.

Não é exagero dizer que nunca curti tanto um show como esses, principalmente o show do Rio de Janeiro, no dia 08/12/17. Virou meu favorito na listinha de shows da vida, antes mesmo que Paul McCartney, The Who e Rolling Stones. Para mim, Arcade Fire é a representação real do que a música deve ser e ser sentida. E ainda de quebra, o povo se entrega totalmente nas músicas. Só não sei quem curtiu mais esses shows, se o público ou se a própria banda! Vide os tweets que o povo da banda soltou e revoltou meio mundo. Desculpa aí!


Tentativas das fotos (Usei pouco a câmera nesses shows):
Rio
Rio
Rio
Rio
São Paulo
São Paulo
São Paulo

São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
São Paulo
Pedaços do que consegui/tentei gravar nos shows na Playlist.

Os dos shows de abertura foram de responsabilidade da banda colombiana Bomba Estéreo, que só tinha visto o show deles no Rock in Rio na TV por cima, e ao vivo passa uma energia contagiante (pena que no Rio o som tava ruim para eles). Um show com uma mistura de ritmos latinos com música eletrônica (muito bom para escutar de boas na praia. Fica a dica), e com uma ótima presença de palco de Li Saumet.
Bomba Estéreo no Rio

Quero falar também sobre meu momento de stalkerNa passagem deles por aqui em 2014, consegui pegar autógrafos e tirar fotos após o show do Rio com "alguns" da banda, mas Régine e Richard ficaram na van. Nesse ano, tive ainda mais sorte
Na manhã seguinte ao show do Rio, peguei a ponte área para ir ao show de São Paulo, mas meu voo atrasaria mais de meia hora, nisso já comentei "É sinal!", porque já imaginávamos que eles pegariam algum voo pela manhã. E não deu outra, alguns minutos depois, estava sentada pela área de embarque e vi a Sarah andando rápido com a case do violino na mão, tentei ir atrás mas não queria stalkear forte e fui mais devagar, mas nisso Tim vinha pelo caminho contrário, e aí começou os stalks rs. Tim perguntou de onde eu era e até se ofereceu para tirar a foto, logo em seguida foi a vez do Richard. Tava tão na onda de não incomodar eles, que já chegava pedindo desculpa, pedia foto, falava que o show tinha sido incrível, até esqueci de pegar autógrafos (eia burra). [E nisso perdi a Sarah de vista :( ]
Depois passou o Will, meu marido platônico, tão querido, estava andando meio que sem rumo por lá, fui falar com ele, abriu o sorriso, tão fofo. Como tava nervosa e sozinha, esqueci de pedir autógrafo e de falar pra ele trazer o projeto solo dele para cá na próxima, depois incomodei ele rapidamente de novo pelo autógrafo e de novo abriu o sorrisão. <3
Em seguida vi chegando um grupinho, Régine e o baby Butler na frente, 2 mulheres, o segurança que acompanha eles nos shows e o Win. Fui no Win rápido (esqueci do autógrafo, lógico, porque sou uma anta, mas depois consegui daí), agradeci pelo show e esqueci de falar que era eu e minha irmã com os cartazes WIN MVP (Ele viu no show e abriu o sorriso). Da Régine, como ela estava com o "baby que não tá mais baby", fiquei com medo e não fui direto, falei com o segurança para ver se daria, ele ficou meio assim 'não sei', e falei que entedia e saí. Sei como eles gostam de manter a criança em paz. Tanto é que mal tive coragem de olhar para o menino, parecia que estava olhando para Medusa. rs
Fiquei sentada um tempo e depois vi a Régine de longe, fiquei tomando coragem para ir lá perto (não tenho jeito pra essas coisas rs), e nisso vi Sarah vindo na minha direção, fui falar com ela, muito querida, como sempre, e claro que esqueci de falar que comecei a escutar músicas instrumentais como as que ela faz por causa dela, e que adoro seus trabalhos solos.
Aí fui indo na direção que tinha visto Régine de longe, mas já no caminho vi ela na fila para comprar doce! Tomei coragem e fui, pensei que o máximo que ia acontecer seria um "agora não", mas claro que não neh, diva não faz essas coisas. Cheguei já pedindo desculpas por incomodar, e perguntei se ela poderia tirar uma foto, ela veio naquela voz fofa dela "oh sure!", agradeci pelo show incrível da noite anterior e perguntei se ela poderia autografar meu Suburbs porque só estava faltando a assinatura dela. Ela "oh really? Yes", já aproveitei e dei o Neon Bible também. Tava tremendo tanto que nem lembrei de falar algumas coisas que queria, mas pelo menos consegui conhece-lá finalmente e falei que a veria novamente naquela noite. Já o Jeremy não peguei ele andando por lá, só vi depois ele sentado conversando com o Tim e mais umas pessoas, achei melhor não ir incomodar daí :/
Tudo isso foi o famoso "Morri mas passei bem".

Bom, esse post foi sobre saudades!