quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Paris!! ...In the City of Blinding Lights

Fotos: minhas
"La chance est comme le Tour de France. Vous attendez, et il clignote devant vous. Vous devez l'attraper pendant que vous le pouvez" O Fabuloso Destino de Amélie Poulain

O único roteiro que não fizemos por trem na #zoropatrip foi para chegar e sair de Praga, então como nosso próximo destino era Paris, pegamos um voo pela Air France para o aeroporto Charles de Gaulle para a Cidade Luz.
Não sei se foi por ser a cidade que fomos logo após Praga e queríamos ter tido mais tempo por lá, ou dos perrengues que passamos no aeroporto (compramos passagem de ônibus especial para o centro na máquina e os tickets não saíram) e metrô (estações sujas, sem escadas e elevador, mal organizado e sinalizado) até chegar ao hotel, mas inicialmente Paris não me passou um efeito tão bacana como causa em praticamente todos os viajantes, mesmo quando saímos da estação de metrô próximo ao nosso hotel e na subida da escada fomos vendo os prédios parisienses típicos surgindo. Mas aí já se passavam das 10 da noite e nosso estado só nos permitia descansar (éramos para estar pelas 7 da noite no hotel :/).
Põe play e vem:


Estávamos com receio de como seríamos tratadas por não falarmos francês e ficarmos só no inglês, mas não tivemos problemas quanto a isso, não fomos destratadas nem olhavam feio para gente quando começávamos a falar em inglês, mas sempre tentávamos iniciar com Bonjour e finalizar com Merci/Au revoir para mostrar que estávamos tentando pelo menos. Em questão de atendimento em lojas e restaurantes também não tivemos grandes problemas. Aquele velho clichê de que franceses são mal-educados ou que destratam estrangeiros não aconteceu com a gente. Só claro, é estranho/nojento ver os franceses cuspindo de boas nas ruas ou pulando as catracas das estações de metrô (costumes bem comuns).  
Não vou ficar aqui falando mais do mesmo como coisas do tipo da construção da Torre Eiffel ou do Arco do Triunfo, ou de qualquer outra atração turística parisiense já tão famosa porque isso tem em qualquer lugar, vou tentar focar apenas nas minhas percepções e nos nossos roteiros.

Começamos “oficialmente” nossos dias em Paris comprando o kit de tickets do metrô e indo para o Escritório de Informações Turísticas na estação Pyramides retirar nossos Museum Pass, o nosso era de 4 dias, mas já quebrou um baita galho. O pass permite acesso aos principais museus de Paris e tem muito museu na lista, tivemos que deixar muitos de fora por questão de tempo, e além do que, não é necessário pegar fila, somente em Versailles tivemos que pegar fila (e era uma enorme :/).
Ali do escritório seguimos para o Louvre. Foi a primeira vez que vi a Torre Eiffel, de longe, por cima das árvores do Jardin des Tuileries, mas foi tipo como se estivesse vendo qualquer outra coisa. rs (tarra revoltada com Paris ainda). E andando um pouquinho, passamos pelo nosso primeiro arco em Paris, o Arc de Triomphe du Carrousel (momento nerd: que é destruído por Tom Cruise e Emily Blunt no filme No Limite do Amanhã).
Jardin des Tuileries
Arc de Triomphe du Carrousel
No caminho para o Louvre fomos paradas por um grupo de meninas pedindo dinheiro, segundo elas, para exatamente o que não lembro, mas era para ser uma causa “nobre”. Mas claro que não daria notas de euro ali, e fiz aquela que “só tenho moedas”, a menina começou a querer olhar dentro da minha bolsa, sério, sorte que dinheiro é sempre no bolso interno da calça ou escondido na bolsa. Dei 2 euros pra ela ir embora porque o negócio não era sério, aí ela começou a me xingar “2 euros, fu** you!!” “Tem gente que deu 10 euros” (e mostrava o papel), tá que eu acredito neh. Sorte da menina que eu tava de boas, se tivesse com o estresse que tava no dia anterior, tadinha, e eu ia precisar do consulado brasileiro pela 1ª vez na vida. (perigosa rs). Se fosse uma entidade séria como a Cruz Vermelha, elas estariam com roupa ou algum indicativo de que eram de tal entidade, distribuiriam algum panfleto, e mesmo se você desse somente algumas moedinhas, te agradeceriam como se você tivesse dado uma grande quantia. Encontramos essas mesmas meninas na Torre Eiffel no dia seguinte (o pedido já era para outra causa) e num outro dia encontramos no Montmartre, pedindo dinheiro para pessoas surdas/mudas, ainda se faziam passar por mudas, mas numa esquina qualquer enquanto descansavam estavam falando. rs

Deixo claro que inicialmente Paris não estava me surpreendo em nada e ver a entrada do Louvre foi tipo “ahhh, só isso?!”. Tinha uma boa fila na entrada para o raio x, mas o Paris Pass tem uma fila especial, na verdade sem fila mesmo, era só entrar. Meu encanto com o Louvre só veio lá dentro mesmo, é enooorme! Se fôssemos seguir a risca as recomendações de ficar tantos xx segundos em cada obra (não lembro o tempo exato agora) precisaríamos de muitas semanas para ver tudo. 
Louvre
Cour Marly - Louvre
De alguma janela do Louvre
O quadro da Monalisa não foi nosso primeiro destino quando entramos, passamos antes por algumas exposições temporárias e permanentes, andamos bastante, vimos muuuitas coisas bacanas e interessantes, nos perdemos um pouco “mas já não passamos por aqui??” até que seguimos para a lindíssima Grande Galerie (inúmeras e excelentes obras, sem falar que possui meus estilos favoritos de pinturas) antes de entrar na sala menor Salle des Etats, a mais procurada do Louvre por um certo quadro.
Confesso que me emocionei (ooowwnn) mais vendo o quadro da Mona Lisa do Leonardo da Vinci do que quando subi na Torre Eiffel, aquela sala cheia de cabeças com câmeras levantadas, você vai no fluxo, vai chegando perto e finalmente vê, sem nenhuma cabeça a sua frente, pendurado na parede um quadro razoavelmente pequeno, mas tão importante na história das artes. A parte ruim é que devido a corda de segurança a gente não consegue ver bem os detalhes da obra, e o vidro de proteção também tira um pouco o efeito visual que a obra deveria causar, mas é realmente algo único de se olhar. Pelo menos outros quadros do Leonardo da Vinci estão por lá, e podem ser vistos tranquilamente, muita gente passa batido por eles no caminho para Monalisa.
Portrait de Lisa Gherardini, ou simplesmente Monna Lisa de Léonard de Vinci
Salle des Etats
La Prédication de saint Etienne à Jérusalem de Vittore Carpaccio
Capa do Viva la Vida do Coldplay La Liberté de Eugène Delacroix
La Vierge aux rochers est un tableau de Léonard de Vinci
Outro caminho obrigatório é seguir para as salas do Greek, Etruscan, and Roman Antiquities para ver mais algumas obras-primas, entre elas, a Aphrodite ou Venus de Milo de Alexandros of Antioch.
Aphrodite - Venus de Milo de Alexandros of Antioch
Roman Art
A Vitória de Samotrácia (The Winged Victory of Samothrace) de Pythokritos of Lindos
Aula de artes no Louvre Medieval <3

Ficamos umas boas horas no Louvre, e saindo dali, atravessamos pela primeira vez o Rio Sena (ou La Seine) pela Pont du Carrousel e começou a cair a ficha que estávamos em Paris. Pelas margens do Sena seguimos para mais um museu, o também lindo Musée d'Orsay. Novamente, com o Museum Pass não precisamos ficar na fila que tinha e entramos direto. Lindas e excelentes obras, e as principais, Van Gogh, Monet, Renoir... ficamos até o horário de fechamento do museu, e graças ao horário de “verão” de início de junho parisiense, ainda tínhamos muito tempo nesse dia.
La Seine visto da Pont du Carrousel
Pont du Carrousel
La Seine com o Louvre ao fundo
Musée d'Orsay
Musée d'Orsay
Bedroom in Arles de Vicent Van Gogh
Self-Portrait (September 1889) de Vicent Van Gogh

Passamos pela Esplanade des Invalides para chegar até sua construção mais importante, o Museu das Armas (Le Musée de l’Armée), que como já era “tarde”, estava fechado. Já imaginávamos que estaria fechado, mas o céu azul e aquela área verde fizeram a gente ir até lá. Então voltamos pela Esplanade para ir a famosa e linda Pont Alexandre III para ter uma vista melhorada da Torre.
Esplanade des Invalides
Esplanade des Invalides
Vista da Pont Alexandre III
Vista da Pont Alexandre III
Pont Alexandre III
Pont Alexandre III
Ali pertinho da Alexandre III estavam o Grand Palais e Petit Palais (não sei de onde petit), e estávamos por fim prestes a pisar pela primeira vez na Champs-Élysées. Próximo a entrar na famosa avenida, minha irmã diz “não faz cara de turista”, mas não consegui, entramos na avenida e vi o Arco do Triunfo ao fundo, não tive como não soltar “ahhh o Arco!!vergonhas. Novamente, achei a Champs normal (cara, não sei o que tava acontecendo comigo), estava um pouco suja e acho que faltava os enfeites de natal característicos da avenida. Fomos da região da Place Clemenceau até o arco, “descansamos”, comemos, entramos em algumas lojas, querendo tudo o que era de Star Wars na loja da Disney,...
Grand Palais
Petit Palais
Champs-Élysées
Champs-Élysées

Voltamos para o metrô para ir para a estação Trocadéro para chegar perto da Torre Eiffel e ver sua iluminação noturna. Mas era praticamente 10 da noite e o céu não escurecia, mas a luz da Torre foi acesa, ficamos por ali na Place du Trocadéro, tinha músicos ao vivo, aula de tango a céu aberto, fizemos praticamente um book, até que aos pés da Torre, as 11 da noite, as famosas luzes piscantes da torre surgiram! Cantando mentalmente U2 “Oh you look so beautiful tonight... In the city of blinding lights”.
Place du Trocadéro
Perto das 11pm
Nem precisa de legenda

O primeiro destino na manhã seguinte foi novamente a estação Trocadéro, dessa vez para não só ver a Torre Eiffel, mas sim, subir nela. Não conseguimos comprar as entradas online já semanas antes, então o que sobrou era pegar a filinha normal da torre, o que deu praticamente 1 hora. Subimos pelo o elevador, chegamos ao 2nd floor para a primeira vista da torre, beleza, bonito, aí o primeiro perrengue, mais uma filinha para o elevador para o topo da torre. A vista é realmente linda, mas não sei porque não estava conseguindo me surpreender com Paris, sério, as vezes me surpreendo até com Araquari aqui do lado, tarra chata mesmo. Tá, mas a vista é linda, o Sena “pequeno” visto de cima, Paris plana e sua extensão. O céu estava azul e o vento lá em cima estava forte e frio! Acho que não me surpreendi tanto com a vista por culpa do Rio de Janeiro, não adianta, não tem vista mais marcante como a carioca.

Na descida, decidimos parar no 1st floor experience, um lounge bem bacana na Torre, com parte de piso de vidro, lanchonete, café, restaurante, lojinha, pufs, musiquinha, vale a parada. O problema é depois tentar pegar o elevador de novo, volta lotado e ninguém desce. Desistimos de esperar e fomos de escada mesmo, mas até que é bacana fazer isso, você conhece a estrutura da torre mais famosa do mundo na sua essência, passando por debaixo da estrutura incrível de ferro! Incrível Gustave Eiffel conseguir fazer isso em plenos 1887/1889!

Saindo da Torre, seguimos pelo Champ de Mars e estava acontecendo o Rugby Party, já que nesse dia era final do TOP 14 da liga nacional de rugby, baita sorte, tendas, telões, mini campo de rugby, food trucks, pessoas se divertindo,... deu um clima bem bacana para nosso início de tarde. Comemos por ali mesmo, peguei um típico baguete francês com carne, sentamos na sombra na grama tomando uma cervejinha e com a Torre Eiffel ali do lado! Que delícia para um sábado! Quero sempre, por favor!
Rugby Party
Rugby Party
Champ de Mars

Indo pelo Champ de Mars, passamos em frente a Escola Militar (École Militaire) e andamos até o grandioso L'Hôtel des Invalides, em que começamos a visita pela Tumba de Napoleão Bonaparte. E dessa vez, entramos no Museu das Armas, grande e excelente museu, ótimo acervo! E ainda ganhamos chapéuzinho, que a maioria estava usando por lá. Sou turista, me deixa! 
Le Musée de l’Armée
Champ de Mars - Escola Militar ao fundo
L'Hôtel des Invalides
Sarcófago com as cinzas de Napoleão Bonaparte
Le Musée de l’Armée
Pátio do Le Musée de l’Armée


E então era hora de conhecer uma região realmente parisiense. Descemos na estação Saint-Paul e seguimos pela Rue Saint-Antoine (aí começava a ver Paris mesmo, muitas flowers in the window) até chegarmos na Place des Vosges. Pézinhos pediam um descanso e sentamos por ali mesmo na grama, como muitas outras pessoas entre amigos e famílias curtindo um sábado delicioso. 
A região da Saint-Paul/Le Marais é uma delícia para caminhar e se perder, dali fomos até a Place de la Bastille e voltamos, seguindo pelas ruazinhas de dentro.
Saída da estação Saint-Paul
Place des Vosges
Place des Vosges
Place de la Bastille
Despedida de solteira na Place de la Bastille
Rue de l'Ave-Maria
Minha irmã pegou um dos famosos fallafels da Rue des Rosiers e ficamos por ali um pouco vendo o movimento. Cada lugar que vende fallafel nessa rua se considera ou o melhor da cidade, ou da rua, ou do mundo, rs.
Rue de Rosiers
Rue de Rosiers

Passamos pelo Hôtel de Ville de Paris e seguimos para o Centre Georges-Pompidou, um edifício atípico no meio de uma Paris histórica, entramos com o Museum Pass, mas como o museu já estava fechando, acabamos (infelizmente) nem vendo as exposições, apenas entramos para ver a vista lá de cima (que é excelente, ainda mais num fim de tarde) e dar uma andada rápida pelo prédio. Esqueci até de tirar fotos do prédio, eita. Tinha mesas de tênis de mesa na parte inferior do prédio, se não tivesse tão moída ia pedir para dar uma jogadinha pelos velhos tempos de atleta. Ahhh, a famosa escultura de Adel Abdessemed, que fica(va) na frente do Pompidou, que reproduz a cabeçada de Zidane em Materazzi na final da Copa de 2006 não estava lá, foi levada para outro lugar, achei sacanagem.
Hôtel de Ville de Paris
No Pompidou
Vista do Pompidou
Vista do Pompidou
Paroisse Saint Merri e street art na Fontaine Stravinsky (roubada da minha irmã)

O início de domingo começou com a ida ao Palácio de Versailles, que merece um post a parte, claro (será o próximo). Voltando de Versailles, aproveitamos o que restava ainda do domingo e fomos ao Arco do Triunfo e usamos o Museum Pass para ver a vista lá de cima. O Arco não parece ser assim tão alto, mas aquelas escadas te matam hein!! E é um ótimo lugar para se ver Paris praticamente do meio em cima de algo tão histórico! Mas bateu arrependimento depois, deveríamos ter tentado ir mais tarde para pegar a vista noturna do Arco, já que da Torre Eiffel pegamos num céu azul.
Arco do Triunfo


O dia que mais gostei em Paris não estava com um céu lindo azul, começou nublado, mas era o dia de passear pelo bairro mais parisiense de Paris, Montmartre, típico bairro boêmio, de antigos admiradores como Picasso, Van Gogh, Monet, Renoir...E como nerd que sou, cheguei chorando rs, já que é o bairro de Amélie Poulain! Na saída do metrô já de cara vimos o famoso Moulin Rouge! Cadê Ewan McGregor??!!! E pior, Ewan estava em Paris nesse dia! Por que casualidades boas não acontecem comigo??
Fachada do Moulin Rouge perde um pouco o efeito durante o dia
Em Montmartre

Dica: A região de Montmartre foi a que mais gostei para se comprar lembrancinhas da cidade e com o melhor preço. 
Subimos pela Rue Lepic (Van Gogh morou nessa rua) propositalmente para ver o Cafe des Deux Moulins, o café onde Amelie Poulain “trabalhava”, mas entraríamos ali só depois. Seguimos subindo pelas lindas ruazinhas de Montmartre até chegarmos a lindíssima e grandiosa Basílica de Sacré-Coeur. Não é permitido tirar fotos lá dentro, mas não importa, ter visto ela com meus próprios olhos é o que vale! Pensamos até em pegar em uma missa que começaria dentro de uns 20 minutos, mas acabamos deixando para tentar pegar alguma na Notre Dame. Não sou nem um pouco religiosa, mas sempre me emociono quando entro em igrejas como essas, é incrível! E como de costume em quase todas as igrejas dessa trip, acendi uma vela, mesmo não sendo muito religiosa, nunca é demais neh?!
Como chegamos na Sacré-Coeur por “cima”, era hora de conhecer a famosa escadaria da igreja, com uma linda vista da cidade. Incrível olhar tanto para cima, como para baixo ali, e ainda na companhia de um arpista tocando músicas lindas.
Sacré-Couer
Da escadaria da Sacré-Couer

Na Place du Tertre comemos (mais) um crepe francês, com direito a garçons com aqueles tradicionais bigodinhos francês, sentar a céu aberto, num bairro tipicamente francês, finalmente estava me sentindo em Paris.
Então era hora de se perder por Montmartre, entramos em várias ruas, lindas, fofas, andamos bastante,...
Crepe na Place du Tertre
Por Montmartre
Em alguma loja de Montmartre
Le Moulin de la Galette, inspiração para O Baile do Moulin de la Galette de Renoir


Depois, acabamos voltando para o Cafe des Deux Moulins. Confesso que entrar ali vale mais pela Experiência O Fabuloso Destino de Amélie Poulain do que pela comida/bebida mesmo. O balcão de cigarros da Georgette não existe “oficialmente”, já que foi colocado especialmente para o filme. A placa de vidro em que Amélie escreve atrás de Nino também era para o filme. Acho que a porta do banheiro é a mesma, e ainda colocaram alguns objetos do filme em uma vitrine ali no banheiro mesmo e, tem também um pôster do filme na parede do fundo do café. A impressão que eu tinha pelo filme era que ali era maior, mas não chega a ser pequeno.
Quanto a comida/bebida, já tinha lido antes que ali era meio carinho para o que servem, pedi só uma taça de vinho mesmo porque estava sem fome, mas não gostei muito. Minha irmã pediu chocolate quente e crepe e também não achou lá essas coisas. Vale mesmo pela experiência de turista em um set de filmagem. E pelos garçons, que não são a Amélie, mas poderiam muito bem estar em algum filme. rs
Cafe des Deux Moulins


Descemos para a Boulevard de Clichy, que durante o dia é até que normal, mesmo com seus sex-shops, a noite que deve ser mais agitada. PS nerd: não vi o Nino trabalhando em nenhuma. 
Passamos pela Rue de Steinkerque, muitas lojinhas de todos os tipos e chegamos na Square Louise-Michel, onde está o início do acesso para a Sacré-Couer, tanto pelas rampas/escadas, quanto pelo funicular.
PS nerd Amélie Poulain: aqui está o carrossel onde Nino segue as pistas de Amélie e percorre as escadarias. Quando o dedo aponta o céu, o idiota olha para o dedo.
Square Louise-Michel
 Rue Foyatier 
Rue Tardieu

Tentamos encontrar a escultura Le Passe Muraille, do homem que atravessava paredes, mas estava difícil, tentamos algumas quebradas e nada, perguntamos até para funcionários do Funicular, mas nada também, porém o Le mur des je t'aime, de Frédéric Baron and Claire Kito, mural com 300 formas de se escrever “Te Amo” foi mais fácil de achar. 
E vimos também um músico de rua (um dos muitos e talentosos do bairro) esbravejando com o carro da limpeza que fazia barulho ao limpar a rua. hehe achei aquilo tão bacana e francês. rs
Le mur des je t'aime

Despedindo de Montmartre, seguimos para o Jardin du Luxembourg, construído no século 17, é o maior parque público de Paris, verde, pessoas descansando nos gramados, lendo nas cadeiras disponibilizadas pelo próprio parque, uma delícia.
Jardin du Luxembourg

Na Île de la Cité, fomos na lindíssima Sainte-Chapelle, capela gótica construída no século 13. Entramos também pelo Museum Pass, o que novamente quebrou um galho, já que tinha uma fila na compra dos ingressos. É linda, tanto fora por quanto por dentro, pena que por fora as construções em volta, como o Palais de Justice, cobrem um pouco a sua beleza. Por dentro, é tomada por lindos vitrais emoldurados. Pena que na hora que entramos o céu estava um pouco nublado, fico imaginando como aquilo deve ser ainda mais lindo tomado pelo sol.
Sainte-Chapelle
Interior da Capela Superior
Tribune des reliques
Rosace occidentale : l'Apocalypse

Ainda na Île de la Cité, fomos conhecer uma das catedrais mais famosas do mundo, a Catedral de Notre-Dame! A entrada aqui é gratuita, mas queríamos ter subido as torres, já que ficam no meio de Paris, a entrada para isso é paga, mas já passava do horário. Mas só a catedral já vale totalmente a pena, estilo gótico com construção iniciada no século 12 e finalizada no século 14. Mais uma igreja para a lista de igrejas que me emocionei ao entrar, e olha que nem sou religiosa. É linda, seja a nave com sua forte estrutura do teto, seus vitrais, ou as capelinhas que competem para serem as mais lindas entre si. Acendi vela para a estátua da Joana d’Arc (“And they're the ones that put you down cause they got no heart. But I'm the one that will follow you you're my Joan of Ar”) e assistimos uma pequena celebração. Bem bacana ter presenciado isso.
Notre-Dame
Detalhes da fachada - Portail du Jugement Dernier
Parvis Notre-Dame - Place Jean-Paul-II
Vista sudeste e da cabeceira da Notre-Dame
Nave da Notre-Dame
Estátua de Joana d’Arc
Rosace (foto roubada da minha irmã)

Algumas ruas de Paris começam e terminam do nada, não tem um sentido reto, por isso acabamos dando umas boas voltas para encontrar a Shakespeare and Company, a famosa livraria parisiense, e que também, momento nerd, foi o local de reencontro (spoiler rs) de Celine e Jess em Antes do Pôr do Sol. Estava tendo um evento e por isso arreguei para entrar, mesmo que fosse só para sentir aquele cheiro forte de livros, pena. 
Shakespeare and Company
Pont de l'Archevêché, mais um point dos cadeados
Fim de tarde no Sena

Nossa manhã de despedida da cidade (no início da tarde pegaríamos um trem na linda estação Gare du Nord para Londres) foi no cemitério Père Lachaise, já que era literalmente ao lado do nosso hotel, a gente abria a janela do quarto e dava com a vista desse cemitério histórico. Mas pelo tempo e pelo tamanho do cemitério, o maior de Paris, não conseguimos ver muita coisa, mas fomos, claro, ao túmulo de Jim Morrison (toca Doooorsss), que devido as loucuras de alguns visitantes, é cercado, e também ao túmulo de Oscar Wilde. Tentamos ir no de Édith Piaf, mas era do outro lado, e acabamos desistindo. Provavelmente passamos por alguns outros túmulos famosos, mas tivemos que ir rápido que acabamos nem vendo. Nesse cemitério ainda estão: o pianista Frédéric Chopin, o autor Allan Kardec, o pintor Eugène Delacroix, o dramaturgo Molière, isso para citar alguns.
Cemitério Père Lachaise
Túmulo do Jim Morrison
Túmulo do Oscar Wilde

Valeu a pena ter comprado o Museum Pass, mesmo que provavelmente não utilizamos nem 50% do que poderíamos ter usado, faltou tempo mesmo, mas pelo menos não pegávamos filas. E isso que ainda tínhamos para ir o Museé Rodin, a Torre Montparnasse (também pelo Pass), mas tivemos que infelizmente deixar para a próxima. Tem o Paris Pass também, mas esse é ainda mais caro, aí no nosso caso pelas contas valeu mais pegar o Museum Pass e pagar as outras atrações a parte.
Quanto a culinária francesa, só posso falar mais dos doces, já que sou bem chata pra comer, não sou de tentar coisas novas ou muito elaboradas, então ficava sempre nas massas e em Paris especialmente, baguetes e coisas do tipo. Já os doces, ahhh os doces, croissants, crepes, churros, macarons,...sdds!
Tirando as estações sem elevadores ou escadas rolantes quando estávamos com as malas, gostei do metrô de Paris, tem estações antigas, algumas um pouco sujas as vezes, mas boa parte dos vagões são modernos, não chega a ser caro, já que cobre a cidade inteira e é muito bem estruturado.

Acredito que deixei de relatar muitas outras coisas e visitas por aqui, e nem vou mais porque já tem muita coisa mesmo, mas no fim, Paris acabou me conquistando sim, não vou ser cuzona chata ao ponto de dizer que não porque estaria mentindo. Paris é história, cultura, moda, arquitetura,... pena que ficamos poucos dias, realmente, 5 noites é muito pouco para essa cidade, tentamos aproveitar ao máximo, se tivesse ficado mais talvez gostaria mais (ainda). 
E quando você está no metrô e escuta um dos músicos da estação tocando uma música da trilha sonora de Amélie Poulain, coisa linda! <3
Merci et au revoir, Paris! E no próximo post sobre a #zoropatrip, o relato sobre o grandioso Palácio de Versailles.