"La chance est comme le Tour de France. Vous attendez, et il clignote devant vous. Vous devez l'attraper pendant que vous le pouvez" O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
O único roteiro que não fizemos por trem na #zoropatrip
foi para chegar e sair de Praga, então como nosso próximo destino era Paris,
pegamos um voo pela Air France para o aeroporto Charles de Gaulle para a Cidade
Luz.
Não sei se foi por ser a cidade que fomos logo após Praga
e queríamos ter tido mais tempo por lá, ou dos perrengues que passamos no
aeroporto (compramos passagem de ônibus especial para o centro na máquina e os
tickets não saíram) e metrô (estações sujas, sem escadas e elevador, mal
organizado e sinalizado) até chegar ao hotel, mas inicialmente Paris não me
passou um efeito tão bacana como causa em praticamente todos os viajantes,
mesmo quando saímos da estação de metrô próximo ao nosso hotel e na subida da
escada fomos vendo os prédios parisienses típicos surgindo. Mas aí já se
passavam das 10 da noite e nosso estado só nos permitia descansar (éramos para estar pelas 7 da noite no hotel :/).
Põe play e vem:
Estávamos com receio de como seríamos tratadas por não
falarmos francês e ficarmos só no inglês, mas não tivemos problemas quanto a isso,
não fomos destratadas nem olhavam feio para gente quando começávamos a falar em
inglês, mas sempre tentávamos iniciar com Bonjour
e finalizar com Merci/Au revoir para
mostrar que estávamos tentando pelo menos. Em questão de atendimento em lojas e
restaurantes também não tivemos grandes problemas. Aquele velho clichê de que franceses são mal-educados ou que destratam estrangeiros não aconteceu com a gente. Só claro, é estranho/nojento
ver os franceses cuspindo de boas nas ruas ou pulando as catracas das estações
de metrô (costumes bem comuns). Não vou ficar aqui falando mais do mesmo como coisas do
tipo da construção da Torre Eiffel ou do Arco do Triunfo, ou de qualquer outra
atração turística parisiense já tão famosa porque isso tem em qualquer lugar,
vou tentar focar apenas nas minhas percepções e nos nossos roteiros.
Começamos “oficialmente” nossos dias em Paris comprando o
kit de tickets do metrô e indo para o Escritório de Informações Turísticas na
estação Pyramides retirar nossos Museum Pass, o nosso era de 4 dias, mas já
quebrou um baita galho. O pass permite acesso aos principais museus de Paris e
tem muito museu na lista, tivemos que deixar muitos de fora por questão de
tempo, e além do que, não é necessário pegar fila, somente em Versailles tivemos que pegar fila (e era uma enorme :/).
Ali do escritório seguimos para o Louvre. Foi a primeira
vez que vi a Torre Eiffel, de longe, por cima das árvores do Jardin des Tuileries, mas foi tipo como se estivesse vendo qualquer outra
coisa. rs (tarra revoltada com Paris ainda). E andando um pouquinho, passamos pelo nosso primeiro arco em Paris, o Arc de Triomphe du Carrousel (momento nerd: que é destruído por Tom Cruise e Emily Blunt no filme No Limite do Amanhã).
Jardin des Tuileries
Arc de Triomphe du Carrousel
No caminho para o Louvre fomos paradas por um grupo de
meninas pedindo dinheiro, segundo elas, para exatamente o que não lembro, mas
era para ser uma causa “nobre”. Mas claro que não daria notas de euro ali, e
fiz aquela que “só tenho moedas”, a menina começou a querer olhar dentro da
minha bolsa, sério, sorte que dinheiro é sempre no bolso interno da calça ou
escondido na bolsa. Dei 2 euros pra ela ir embora porque o negócio não era
sério, aí ela começou a me xingar “2 euros, fu** you!!” “Tem gente que deu 10
euros” (e mostrava o papel), tá que eu acredito neh. Sorte da menina que eu
tava de boas, se tivesse com o estresse que tava no dia anterior, tadinha, e eu
ia precisar do consulado brasileiro pela 1ª vez na vida. (perigosa rs). Se
fosse uma entidade séria como a Cruz Vermelha, elas estariam com roupa ou algum
indicativo de que eram de tal entidade, distribuiriam algum panfleto, e mesmo
se você desse somente algumas moedinhas, te agradeceriam como se você tivesse
dado uma grande quantia. Encontramos essas mesmas meninas na Torre Eiffel no dia seguinte (o pedido já era para outra causa) e num outro dia encontramos no Montmartre,
pedindo dinheiro para pessoas surdas/mudas, ainda se faziam passar por mudas,
mas numa esquina qualquer enquanto descansavam estavam falando. rs
Deixo claro que inicialmente
Paris não estava me surpreendo em nada e ver a entrada do Louvre foi tipo
“ahhh, só isso?!”. Tinha uma boa fila na entrada para o raio x, mas o
Paris Pass tem uma fila especial, na verdade sem fila mesmo, era só entrar. Meu
encanto com o Louvre só veio lá dentro mesmo, é enooorme! Se fôssemos seguir a
risca as recomendações de ficar tantos xx segundos em cada obra (não lembro o
tempo exato agora) precisaríamos de muitas semanas para ver tudo.
Louvre
Cour Marly - Louvre
De alguma janela do Louvre
O quadro da Monalisa não foi nosso primeiro destino quando
entramos, passamos antes por algumas exposições temporárias e permanentes,
andamos bastante, vimos muuuitas coisas bacanas e interessantes, nos perdemos
um pouco “mas já não passamos por aqui??” até que seguimos para a lindíssima Grande
Galerie (inúmeras e excelentes obras, sem falar que possui meus estilos favoritos de pinturas) antes de entrar na sala menor Salle des
Etats, a mais procurada do Louvre por um certo quadro. Confesso que me emocionei (ooowwnn) mais vendo o quadro da Mona Lisa do
Leonardo da Vinci do que quando subi na Torre Eiffel, aquela sala cheia de
cabeças com câmeras levantadas, você vai no fluxo, vai chegando perto e
finalmente vê, sem nenhuma cabeça a sua frente, pendurado na parede um quadro
razoavelmente pequeno, mas tão importante na história das artes. A parte ruim é
que devido a corda de segurança a gente não consegue ver bem os detalhes da
obra, e o vidro de proteção também tira um pouco o efeito visual que a obra
deveria causar, mas é realmente algo único de se olhar. Pelo menos outros
quadros do Leonardo da Vinci estão por lá, e podem ser vistos tranquilamente,
muita gente passa batido por eles no caminho para Monalisa.
Portrait de Lisa Gherardini, ou simplesmente Monna Lisa de Léonard de Vinci
Salle des Etats
La Prédication de saint Etienne à Jérusalem de Vittore Carpaccio
Capa do Viva la Vida do Coldplay La Liberté de Eugène Delacroix
La Vierge aux rochers est un tableau de Léonard de Vinci
Outro caminho obrigatório é seguir para as salas do Greek,
Etruscan, and Roman Antiquities para ver mais algumas obras-primas,
entre elas, a Aphrodite ou Venus de Milo de Alexandros of Antioch.
Aphrodite - Venus de Milo de Alexandros of Antioch
Roman Art
A Vitória de Samotrácia (The Winged Victory of Samothrace) de Pythokritos of Lindos
Aula de artes no Louvre Medieval <3
Ficamos umas boas horas no Louvre, e saindo dali,
atravessamos pela primeira vez o Rio Sena (ou La Seine) pela Pont du Carrousel
e começou a cair a ficha que estávamos em Paris. Pelas margens do Sena seguimos
para mais um museu, o também lindo Musée d'Orsay. Novamente, com o Museum Pass
não precisamos ficar na fila que tinha e entramos direto. Lindas e excelentes
obras, e as principais, Van Gogh, Monet, Renoir... ficamos até o horário de
fechamento do museu, e graças ao horário de “verão” de início de junho
parisiense, ainda tínhamos muito tempo nesse dia.
La Seine visto da Pont du Carrousel
Pont du Carrousel
La Seine com o Louvre ao fundo
Musée d'Orsay
Musée d'Orsay
Bedroom in Arles de Vicent Van Gogh
Self-Portrait (September 1889) de Vicent Van Gogh
Passamos pela Esplanade des Invalides para chegar até sua
construção mais importante, o Museu das Armas (Le Musée de l’Armée), que
como já era “tarde”, estava fechado. Já imaginávamos que estaria fechado, mas o
céu azul e aquela área verde fizeram a gente ir até lá. Então voltamos pela Esplanade para ir a famosa e linda Pont Alexandre III para ter uma vista
melhorada da Torre.
Esplanade des Invalides
Esplanade des Invalides
Vista da Pont Alexandre III
Vista da Pont Alexandre III
Pont Alexandre III
Pont Alexandre III
Ali pertinho da Alexandre III estavam o Grand Palais e Petit
Palais (não sei de onde petit), e estávamos por fim prestes a pisar pela
primeira vez na Champs-Élysées. Próximo a entrar na famosa avenida, minha irmã
diz “não faz cara de turista”, mas não consegui, entramos na avenida e vi o
Arco do Triunfo ao fundo, não tive como não soltar “ahhh o Arco!!” vergonhas. Novamente,
achei a Champs normal (cara, não sei o que tava acontecendo comigo), estava um
pouco suja e acho que faltava os enfeites de natal característicos da avenida. Fomos
da região da Place Clemenceau até o arco, “descansamos”, comemos, entramos em
algumas lojas, querendo tudo o que era de Star Wars na loja da Disney,...
Grand Palais
Petit Palais
Champs-Élysées
Champs-Élysées
Voltamos para o metrô para ir para a estação Trocadéro
para chegar perto da Torre Eiffel e ver sua iluminação noturna. Mas era
praticamente 10 da noite e o céu não escurecia, mas a luz da Torre foi acesa, ficamos por ali na Place
du Trocadéro, tinha músicos ao vivo, aula de tango a céu aberto, fizemos praticamente um book, até que aos pés da Torre, as
11 da noite, as famosas luzes piscantes da torre surgiram! Cantando mentalmente
U2 “Oh you look so beautiful tonight... In the city of blinding lights”.
Place du Trocadéro
Perto das 11pm
Nem precisa de legenda
O primeiro destino na manhã seguinte foi novamente a
estação Trocadéro, dessa vez para não só ver a Torre Eiffel, mas sim, subir nela. Não
conseguimos comprar as entradas online já semanas antes, então o que sobrou era
pegar a filinha normal da torre, o que deu praticamente 1 hora. Subimos pelo o elevador, chegamos ao 2nd floor para a primeira vista da torre, beleza, bonito,
aí o primeiro perrengue, mais uma filinha para o elevador para o topo da torre.
A vista é realmente linda, mas não sei porque não estava conseguindo me
surpreender com Paris, sério, as vezes me surpreendo até com Araquari aqui do
lado, tarra chata mesmo. Tá, mas a
vista é linda, o Sena “pequeno” visto de cima, Paris plana e sua extensão. O céu estava azul e o
vento lá em cima estava forte e frio! Acho que não me surpreendi tanto com a
vista por culpa do Rio de Janeiro, não adianta, não tem vista mais marcante
como a carioca.
Na descida, decidimos parar no 1st floor experience, um
lounge bem bacana na Torre, com parte de piso de vidro, lanchonete, café,
restaurante, lojinha, pufs, musiquinha, vale a parada. O problema é depois
tentar pegar o elevador de novo, volta lotado e ninguém desce. Desistimos de
esperar e fomos de escada mesmo, mas até que é bacana fazer isso, você conhece
a estrutura da torre mais famosa do mundo na sua essência, passando por debaixo
da estrutura incrível de ferro! Incrível Gustave Eiffel conseguir fazer isso
em plenos 1887/1889!
Saindo da Torre, seguimos pelo Champ de Mars e estava acontecendo o Rugby Party, já que nesse dia era final do TOP 14 da liga nacional de rugby,
baita sorte, tendas, telões, mini campo de rugby, food trucks, pessoas se
divertindo,... deu um clima bem bacana para nosso início de tarde. Comemos por
ali mesmo, peguei um típico baguete francês com carne, sentamos na sombra na
grama tomando uma cervejinha e com a Torre Eiffel ali do lado! Que delícia para
um sábado! Quero sempre, por favor!
Rugby Party
Rugby Party
Champ de Mars
Indo pelo Champ de Mars, passamos em frente a Escola
Militar (École Militaire) e andamos até o grandioso L'Hôtel des Invalides, em
que começamos a visita pela Tumba de Napoleão Bonaparte. E dessa vez,
entramos no Museu das Armas, grande e excelente museu, ótimo acervo! E ainda
ganhamos chapéuzinho, que a maioria estava usando por lá. Sou turista, me deixa!
Le Musée de l’Armée
Champ de Mars - Escola Militar ao fundo
L'Hôtel des Invalides
Sarcófago com as cinzas de Napoleão Bonaparte
Le Musée de l’Armée
Pátio do Le Musée de l’Armée
E então era hora de conhecer uma região realmente
parisiense. Descemos na estação Saint-Paul e seguimos
pela Rue Saint-Antoine (aí começava a ver Paris mesmo, muitas flowers in the window) até chegarmos na Place
des Vosges. Pézinhos pediam um descanso e sentamos por ali mesmo na grama, como
muitas outras pessoas entre amigos e famílias curtindo um sábado
delicioso. A região da Saint-Paul/Le Marais é uma delícia para caminhar e se perder, dali fomos até a Place de la Bastille e voltamos, seguindo pelas ruazinhas de dentro.
Saída da estação Saint-Paul
Place des Vosges
Place des Vosges
Place de la Bastille
Despedida de solteira na Place de la Bastille
Rue de l'Ave-Maria
Minha irmã pegou um dos famosos fallafels da Rue des Rosierse ficamos por ali um pouco vendo o movimento. Cada lugar que vende fallafel nessa rua se considera ou o melhor da cidade, ou da rua, ou do mundo, rs.
Rue de Rosiers
Rue de Rosiers
Passamos pelo Hôtel de Ville de Paris e seguimos
para o Centre Georges-Pompidou, um edifício atípico no meio de uma Paris
histórica, entramos com o Museum Pass, mas como o museu já estava fechando, acabamos
(infelizmente) nem vendo as exposições, apenas entramos para ver a vista lá de
cima (que é excelente, ainda mais num fim de tarde) e dar uma andada rápida pelo prédio. Esqueci até de tirar fotos do prédio, eita. Tinha mesas de tênis de mesa na
parte inferior do prédio, se não tivesse tão moída ia pedir para dar uma
jogadinha pelos velhos tempos de atleta. Ahhh, a famosa escultura de Adel
Abdessemed, que fica(va) na frente do Pompidou, que reproduz a
cabeçada de Zidane em Materazzi na final da Copa de 2006 não estava lá,
foi levada para outro lugar, achei sacanagem.
Hôtel de Ville de Paris
No Pompidou
Vista do Pompidou
Vista do Pompidou
Paroisse Saint Merri e street art na Fontaine Stravinsky (roubada da minha irmã)
O início de domingo começou com a ida ao Palácio de Versailles, que merece um post a parte, claro (será o próximo). Voltando
de Versailles, aproveitamos o que restava ainda do domingo e fomos ao Arco do
Triunfo e usamos o Museum Pass para ver a vista lá de cima. O Arco não
parece ser assim tão alto, mas aquelas escadas te matam hein!! E é um ótimo
lugar para se ver Paris praticamente do meio em cima de algo tão histórico! Mas
bateu arrependimento depois, deveríamos ter tentado ir mais tarde para pegar a
vista noturna do Arco, já que da Torre Eiffel pegamos num céu azul.
Arco do Triunfo
O dia que mais gostei em Paris não estava com um céu lindo
azul, começou nublado, mas era o dia de passear pelo bairro mais parisiense de
Paris, Montmartre, típico bairro boêmio, de antigos admiradores como Picasso,Van Gogh, Monet, Renoir...E como nerd que sou, cheguei chorando rs, já que é o bairro
de Amélie Poulain! Na saída do metrô já de cara vimos o famoso Moulin Rouge! Cadê
Ewan McGregor??!!! E pior, Ewan estava em Paris nesse dia! Por que casualidades
boas não acontecem comigo??
Fachada do Moulin Rouge perde um pouco o efeito durante o dia
Em Montmartre
Dica: A região de Montmartre foi a que mais gostei para se
comprar lembrancinhas da cidade e com o melhor preço. Subimos pela Rue Lepic (Van Gogh morou nessa rua) propositalmente para ver o Cafe des
Deux Moulins, o café onde Amelie Poulain “trabalhava”, mas entraríamos ali
só depois. Seguimos subindo pelas lindas ruazinhas de Montmartre até chegarmos
a lindíssima e grandiosa Basílica de Sacré-Coeur. Não é permitido tirar fotos
lá dentro, mas não importa, ter visto ela com meus próprios olhos é o que vale!
Pensamos até em pegar em uma missa que começaria dentro de uns 20 minutos, mas
acabamos deixando para tentar pegar alguma na Notre Dame. Não sou nem um pouco
religiosa, mas sempre me emociono quando entro em igrejas como essas, é
incrível! E como de costume em quase todas as igrejas dessa trip, acendi uma
vela, mesmo não sendo muito religiosa, nunca é demais neh?!
Como chegamos na Sacré-Coeur por “cima”, era hora de
conhecer a famosa escadaria da igreja, com uma linda vista da cidade. Incrível
olhar tanto para cima, como para baixo ali, e ainda na companhia de um arpista
tocando músicas lindas.
Sacré-Couer
Da escadaria da Sacré-Couer
Na Place du Tertre comemos (mais) um crepe francês, com direito a garçons com aqueles
tradicionais bigodinhos francês, sentar a céu aberto, num bairro tipicamente
francês, finalmente estava me sentindo em Paris. Então era hora de se perder por Montmartre, entramos em várias ruas, lindas, fofas, andamos bastante,...
Crepe na Place du Tertre
Por Montmartre
Em alguma loja de Montmartre
Le Moulin de la Galette, inspiração para O Baile do Moulin de la Galette de Renoir
Depois, acabamos voltando para o Cafe des
Deux Moulins. Confesso que entrar ali vale mais pela Experiência O
Fabuloso Destino de Amélie Poulain do que pela comida/bebida mesmo. O balcão de
cigarros da Georgette não existe “oficialmente”, já que foi colocado
especialmente para o filme. A placa de vidro em que Amélie escreve atrás de
Nino também era para o filme. Acho que a porta do banheiro é a mesma, e ainda
colocaram alguns objetos do filme em uma vitrine ali no banheiro mesmo e, tem
também um pôster do filme na parede do fundo do café. A impressão que eu tinha
pelo filme era que ali era maior, mas não chega a ser pequeno.
Quanto a comida/bebida, já tinha lido antes que ali era
meio carinho para o que servem, pedi só uma taça de vinho mesmo porque estava
sem fome, mas não gostei muito. Minha irmã pediu chocolate quente e crepe e
também não achou lá essas coisas. Vale mesmo pela experiência de turista em um
set de filmagem. E pelos garçons, que não são a Amélie, mas poderiam muito bem
estar em algum filme. rs
Cafe des Deux Moulins
Descemos para a Boulevard de Clichy, que durante o dia é até que normal, mesmo com seus
sex-shops, a noite que deve ser mais agitada.
PS nerd: não vi o Nino trabalhando em nenhuma.
Passamos pela Rue de Steinkerque, muitas lojinhas de todos
os tipos e chegamos na Square Louise-Michel, onde está o início do acesso para a Sacré-Couer,
tanto pelas rampas/escadas, quanto pelo funicular. PS nerd Amélie Poulain: aqui
está o carrossel onde Nino segue as pistas de Amélie e percorre as escadarias. Quando o dedo aponta o céu, o idiota olha para o dedo.
Square Louise-Michel
Rue Foyatier
Rue Tardieu
Tentamos encontrar a escultura Le Passe Muraille, do homem que atravessava paredes, mas estava difícil, tentamos algumas quebradas e nada, perguntamos até para funcionários do Funicular, mas nada também, porém o Le mur des je t'aime, de Frédéric Baron and Claire Kito, mural com 300 formas de se escrever “Te Amo” foi mais fácil de achar. E vimos também um músico de rua (um dos muitos e talentosos do bairro) esbravejando com o carro da limpeza que fazia barulho ao limpar a rua. hehe achei aquilo tão bacana e francês. rs
Le mur des je t'aime
Despedindo de Montmartre, seguimos para o Jardin du Luxembourg,
construído no século 17, é o maior parque público de Paris, verde, pessoas
descansando nos gramados, lendo nas cadeiras disponibilizadas pelo próprio
parque, uma delícia.
Jardin du Luxembourg
Na Île de la Cité, fomos na lindíssima Sainte-Chapelle,
capela gótica construída no século 13. Entramos também pelo Museum Pass, o que
novamente quebrou um galho, já que tinha uma fila na compra dos ingressos. É linda,
tanto fora por quanto por dentro, pena que por fora as construções em volta, como o Palais
de Justice, cobrem um pouco a sua beleza. Por dentro, é tomada por lindos vitrais
emoldurados. Pena que na hora que entramos o céu estava um pouco
nublado, fico imaginando como aquilo deve ser ainda mais lindo tomado pelo sol.
Sainte-Chapelle
Interior da Capela Superior
Tribune des reliques
Rosace occidentale : l'Apocalypse
Ainda na Île de la Cité, fomos conhecer uma das catedrais
mais famosas do mundo, a Catedral de Notre-Dame! A entrada aqui é gratuita, mas
queríamos ter subido as torres, já que ficam no meio de Paris, a entrada para isso é paga, mas já passava do horário. Mas só a catedral já vale totalmente a pena, estilo gótico com construção
iniciada no século 12 e finalizada no século 14. Mais uma igreja para a lista
de igrejas que me emocionei ao entrar, e olha que nem sou religiosa. É linda,
seja a nave com sua forte estrutura do teto, seus vitrais, ou as capelinhas que
competem para serem as mais lindas entre si. Acendi vela para a estátua da Joana d’Arc
(“And they're the ones that put you down cause they got no heart. But I'm the
one that will follow you you're my Joan of Ar”) e assistimos uma pequena
celebração. Bem bacana ter presenciado isso.
Notre-Dame
Detalhes da fachada - Portail du Jugement Dernier
Parvis Notre-Dame - Place Jean-Paul-II
Vista sudeste e da cabeceira da Notre-Dame
Nave da Notre-Dame
Estátua de Joana d’Arc
Rosace (foto roubada da minha irmã)
Algumas ruas de Paris começam e terminam do nada, não tem um sentido reto, por isso acabamos dando umas boas voltas para encontrar a Shakespeare and Company, a famosa livraria parisiense, e que também, momento nerd, foi o local de reencontro (spoiler rs) de Celine e Jess em Antes do Pôr do Sol. Estava tendo um evento e por isso arreguei para entrar, mesmo que fosse só para sentir aquele cheiro forte de livros, pena.
Shakespeare and Company
Pont de l'Archevêché, mais um point dos cadeados
Fim de tarde no Sena
Nossa manhã de despedida da cidade (no início da tarde pegaríamos um trem na linda estação Gare du Nord para Londres) foi no cemitério Père
Lachaise, já que era literalmente ao lado do nosso hotel, a gente abria a
janela do quarto e dava com a vista desse cemitério histórico. Mas pelo tempo e
pelo tamanho do cemitério, o maior de Paris, não conseguimos ver muita coisa,
mas fomos, claro, ao túmulo de Jim Morrison (toca Doooorsss), que devido as loucuras de alguns
visitantes, é cercado, e também ao túmulo de Oscar Wilde. Tentamos ir no de Édith
Piaf, mas era do outro lado, e acabamos desistindo. Provavelmente passamos por
alguns outros túmulos famosos, mas tivemos que ir rápido que acabamos nem
vendo. Nesse cemitério ainda estão: o pianista Frédéric Chopin, o autor Allan
Kardec, o pintor Eugène Delacroix, o dramaturgo Molière, isso para citar
alguns.
Cemitério Père Lachaise
Túmulo do Jim Morrison
Túmulo do Oscar Wilde
Valeu a pena ter comprado o Museum Pass, mesmo que provavelmente não utilizamos nem 50% do que poderíamos ter usado, faltou tempo mesmo, mas pelo menos não pegávamos filas. E isso que ainda tínhamos para ir o Museé Rodin, a Torre Montparnasse (também pelo Pass), mas tivemos que infelizmente deixar para a próxima. Tem o Paris Pass também, mas esse é ainda mais caro, aí no nosso caso pelas contas valeu mais pegar o Museum Pass e pagar as outras atrações a parte. Quanto a culinária francesa, só posso falar mais dos
doces, já que sou bem chata pra comer, não sou de tentar coisas novas ou muito
elaboradas, então ficava sempre nas massas e em Paris especialmente, baguetes e
coisas do tipo. Já os doces, ahhh os doces, croissants, crepes, churros,
macarons,...sdds!
Tirando as estações sem elevadores ou escadas rolantes
quando estávamos com as malas, gostei do metrô de Paris, tem estações antigas,
algumas um pouco sujas as vezes, mas boa parte dos vagões são modernos, não
chega a ser caro, já que cobre a cidade inteira e é muito bem estruturado.
Acredito que deixei de relatar muitas outras coisas e visitas por
aqui, e nem vou mais porque já tem muita coisa mesmo, mas no fim, Paris acabou
me conquistando sim, não vou ser cuzona chata ao ponto de dizer que não porque
estaria mentindo. Paris é história, cultura, moda, arquitetura,... pena que
ficamos poucos dias, realmente, 5 noites é muito pouco para essa cidade,
tentamos aproveitar ao máximo, se tivesse ficado mais talvez gostaria mais
(ainda).
E quando você está no metrô e escuta um dos músicos da
estação tocando uma música da trilha sonora de Amélie Poulain, coisa linda!
<3
Merci et au revoir, Paris! E no próximo post sobre a #zoropatrip, o relato
sobre o grandioso Palácio de Versailles.